Entre 2015 e 2016 vivemos no Brasil uma dramática epidemia de zika, doença até então pouco conhecida por aqui. Desde então o número de casos caiu bastante, mas a doença chegou para ficar. Infecções esporádicas continuam acontecendo em diversos locais do país.

O que é zika?

A zika é uma doença causada por um vírus. Normalmente é uma doença auto-limitada que causa poucos sintomas mas é particularmente perigosa durante a gestação, pois pode causar má formação nos fetos. 

Como é transmitida?

É transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti quando a mesma está contaminada pelo vírus. Por esse motivo, ao chegar no Brasil o vírus encontrou condições para se disseminar, uma vez que já tínhamos o mosquito por aqui.

Também é possível ocorrer transmissão sexual da zika a partir de uma pessoa infectada.

Quais são os sintomas?

Os principais sintomas são febre e manchas avermelhadas pelo corpo. Na maioria das vezes é um quadro leve que se resolve espontaneamente. 

Quais os riscos?

O grande risco da zika é a transmissão transplacentária durante a gestação, o que pode ocasionar graves alterações no desenvolvimento do bebê. A principal sequela é a microcefalia congênita.

Outra possível complicação na pessoa infectada pela zika é o desenvolvimento da síndrome de Guillain-Barré, uma doença neurológica. Esse evento é raro. 

Como é feito o diagnóstico?

Através da anamnese e do exame físico, o médico elabora a suspeita da doença. O diagnóstico definitivo é feito através de exames específicos para a doença. 

Como é o tratamento?

Não há tratamento antiviral específico contra a doença. O tratamento é suportivo, através de hidratação e medicações para aliviar os sintomas. 

Como gestantes ou pessoas com plano de engravidar devem se prevenir da zika?

Evitar a zika é um esforço coletivo. É necessário eliminar os possíveis criadouros do mosquito, que são locais com água parada. Alguns exemplos desses locais são pratos de plantas, pneus, caixas d´água destampadas, latas, terrenos baldios com lixo, piscinas não tratadas. 

O uso de repelentes ajuda a prevenir picadas do mosquito. 

Quando possível, mulheres gestantes devem evitar viajar para áreas com alta circulação do vírus. É importante conversar com a equipe de saúde para saber como estão os níveis de transmissão do vírus em um determinado local e momento. 

Além disso, é importante que as parcerias sexuais das gestantes também sigam os cuidados de prevenção, uma vez que o vírus pode ser transmitido por via sexual. 

Até o momento não temos uma vacina eficaz contra a zika. 

Quem já teve zika pode ter filhos?

Sim. Não há evidência que uma infecção prévia cause alterações congênitas em uma futura gravidez. É recomendado, no entanto, aguardar pelo menos dois meses após a infecção no caso de mulheres e três meses no caso dos homens. Essa diferença existe pois o vírus sobrevive mais tempo na próstata e consequentemente pode ser transmitido no esperma. 

E se o exame de zika feito antes de um tratamento para engravidar estiver positivo?

O ideal é consultar um infectologista para avaliar se já é seguro engravidar ou se é necessário esperar um pouco mais. 

O que fazer se a mulher contrair zika durante a gravidez?

Será necessário acompanhamento médico com um infectologista e com seu obstetra. Possíveis defeitos na formação do bebê serão avaliados através de exames complementares, como a ecografia obstétrica.

Dra. Vanessa Strelow

CRM-PR 31.201
Infectologia – RQE 2857

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