Por que é importante fazer exame de sífilis quando se está planejando uma gestação?

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum. É uma doença bastante comum e pode trazer consequências graves quando não tratada. 

Como é transmitida?

É transmitida através de relações sexuais desprotegidas (pode ser transmitida em relações vaginais, anais e orais), através de sangue contaminado e também de mãe para filho na gestação se a mãe estiver infectada. Por esse motivo é tão importante realizar a triagem antes da gravidez, tanto da futura gestante quando de sua parceria sexual. 

Quais são os sintomas da sífilis em adultos?

Pode haver uma grande variedade de sintomas dependendo da fase em que a doença se encontra. Alguns dos sintomas possíveis são feridas genitais, lesões de pele, febre, aumento dos linfonodos (gânglios), problemas neurológicos e alterações cardiovasculares. Alguns casos, no entanto, são silenciosos e descobertos apenas por exames laboratoriais. Quando não tratada, a sífilis pode progredir para formas graves, como a forma neurológica. Outro risco de não tratar a infecção é a transmissão para outras pessoas, o que pode ocorrer nas relações sexuais ou na gestação. 

Qual o risco para o bebê se a mãe tiver sífilis durante a gestação?

A forma congênita da sífilis (transmitida da mãe que tem a infecção não tratada para o bebê) é grave e pode ocasionar aborto espontâneo, malformações no bebê, parto prematuro ou baixo peso ao nascer. 

O que fazer se houver diagnóstico de sífilis nos exames pré-gestacionais?

A sífilis é uma doença tratável. O tratamento da sífilis depende da fase em que a doença se encontra e é feito através de antibióticos. Após o tratamento o paciente permanece em acompanhamento por algum tempo para acompanhar a resolução do quadro. 

E quando o diagnóstico de sífilis acontece durante a gestação?

Nos três trimestres de gestação é feito exame de sífilis durante o pré-natal. Caso a doença seja diagnosticada, a gestante deverá ser tratada e acompanhada por um infectologista para avaliar a evolução do caso. Na maioria das vezes o bebê também precisará fazer exames ao nascer.  Um tratamento bem sucedido e precoce durante a gestação evita a ocorrência de abortos e malformações no bebê. 

Dra. Vanessa Strelow

CRM-PR 31.201
Infectologia – RQE 2857

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